segunda-feira, 14 de junho de 2010

o poder interior

Fala-se muito em Poder Pessoal e na jornada em busca do poder interior. E onde estará esse poder? Na família, no trabalho, no dinheiro? Talvez nos relacionamentos? Onde?

Nesta eterna busca, percorremos vários caminhos, fazemos e refazemos percursos, procurando respostas para as nossas muitas perguntas e tentando compreender o porque de certos relacionamentos que nada acrescentam. Assim vamos nos deparando com situações e pessoas, algumas significativas, outras nem tanto, mas todas, com certeza, proporcionando a oportunidade de fazer contato com o outro e com este maravilhoso mundo em que vivemos.

Através de cada experiência, seja ela positiva ou negativa, mergulhamos em emoções e sensações tais como prazer, satisfação, amor, alegria e outras menos agradáveis como a dor, a decepção, ou a frustração, estas talvez as mais importantes por serem grandes oportunidades de aprendizagem nesta grande escola que é a Vida.

Assim, passo a passo, caminhamos à procura da tão almejada felicidade. Em alguns momentos acreditamos tê-la enfim encontrado. Esta sensação vai perdurar até percebermos que continua em nós ainda um grande vazio, um lugar à espera da plenitude que é, enfim, a meta do ser humano.

Isto vai acontecer sempre, até compreendermos que estamos colocando a nossa felicidade onde ela não está, na mão do outro, ou melhor, delegando ao outro a responsabilidade sobre nós e sobre a nossa vida. Isto é injusto porque ninguém pode fazer por nós, o que nós mesmos não estamos sendo capazes de fazer.

Mas nós podemos e devemos mudar esse estado de coisas.

Já é tempo de aprender que ninguém pode nos fazer felizes, alegres, realizados. Não podemos mais permitir que qualquer evento exterior, por maior força dramática que tenha, possua o poder de alterar nosso estado interno ou nossos objetivos, sonhos, desejos.

Podemos precisar de alguém para nos orientar, acompanhar, mas apenas nos primeiros passos, para evitar o desperdício de tempo e energia, depois seguimos sós, em busca do nosso sol. Afinal a conquista é nossa. Nós dirigimos nosso carro. Podemos até dar carona para alguém, mas nós mesmos devemos dirigir e escolher o trajeto da viagem. Isto é Poder.

É sempre bom lembrar que o caminho do poder, é o amor.

Precisamos ter grande disponibilidade de amar, de nos amar. Pode parecer estranho, mas muitas vezes é difícil amar ou aceitar a nós mesmos. Podemos até dizer que, em alguns casos, isto é tão sério, que chega a causar grandes distúrbios emocionais ou mesmo doenças psicossomáticas que requerem tratamento. Conhecemos inúmeras pessoas que se negam a aceitar algo em suas personalidades e na sua imagem. É inútil dizer que não somos a perfeição que julgamos ser. Ou melhor, não manifestamos a perfeição que podemos ter e Ser. Por isto é necessário grande dose de amor e aceitação.

Pense: Como podemos chegar ao auto-conhecimento se não temos como ponto de partida o reconhecimento das nossas limitações e a aceitação dos nossos erros, a responsabilidade pelos nossos atos? Bem....é mais fácil acreditar que o erro está no outro... Afinal “ele” é o culpado de todo o nosso infortúnio....ele nos tira do sério....

Assim, exatamente assim nos percebemos: vítimas das circunstâncias. E o mais triste é que de alguma maneira gostamos desse triste papel de vítima e nos alimentamos dessas idéias mórbidas e causadoras de tantas doenças físicas e mentais. Esse papel de certa maneira nos satisfaz, até porque esse tipo de postura diante da vida, alivia nosso sentimento de culpa.


Nenhum comentário: