domingo, 31 de outubro de 2010

Dez notas sobre a oração da Serenidade

"Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra."

Eis a versão completa e original:
"Concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; Coragem para modificar aquelas que posso;e Sabedoria para conhecer a diferença entre elas.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz;
Aceitando, como Ele aceitou, este mundo tal como é, e não como Ele queria que fosse;
Confiando que Ele acertará tudo contanto que eu me entregue à Sua vontade;
Para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.
Amém."

A autoria mais indicada do texto é do teólogo americano Reinhold Niebuhr (1892-1971), mas todos aqueles que já tiveram contato com suas primeiras frases devem relacioná-la com seu credo específico. Afinal, a "Oração da Serenidade", por ser sucinta e precisa, acabou sendo divulgada por diversas religiões e, em todas, o efeito sobre os fiéis parece ser o mesmo: o de identificação. Difícil imaginar quem, ao lê-la, não relembre um momento da própria vida, uma dificuldade presente ou futura; e nela encontre forças para prosseguir.

Ela, então, nos parece muito mais a "Oração da Sabedoria", por nos indicar instrumentos que sequer pensávamos que estavam a nosso alcance para enfrentar os problemas. Isto não os torna mais fáceis, mas nos faz sentir muito mais capazes. E mais, pense comigo:

1. Todos nós enfrentamos situações difíceis que envolvem as pessoas que amamos. Em algumas dessas situações, a linha de ação sábia pode não ser clara. Talvez sintamos um grande peso sobre os ombros, mas não fazemos idéia do que fazer.

2. Há momentos em que a vida nos trata de maneira injusta. É possível que protestemos contra a injustiça, façamo-nos vítimas de autopiedade, mergulhemos numa atitude de “pobre de mim” e afundamos em depressão. Nessas horas, quando a vida é injusta, no entanto, o que precisamos mesmo é serenidade.

3. Provavelmente, tenha havido épocas quando todos nós tínhamos grandes esperanças duma vida promissora, até que, de repente, as esperanças desmoronaram, Mas então, através das circunstâncias malucas e caóticas do crescimento, aprendemos a nos estabelecer para uma vida bem diferente daquilo que uma vez esperávamos.

4. Há tempos em que o caos domina em nossa vida, porque outras pessoas são incapazes de cumprir a função que Deus lhes deu. Quando isso acontece, muitas vezes sofremos por falta de liderança e proteção. Quem sabe nos sintamos frustrados e irritados!

5. Para as pessoas que viveram escravizadas a comportamentos compulsivos, a perda do respeito próprio é sentimento comum. Facilmente, começamos a ver quão fracos e até impotentes somos.

6. Precisamos de serenidade para sermos aptos a aceitar as conseqüências de nossos atos. Nós, erradamente, podemos nos sentir indignados a nos acusar e a negar nossas más ações ou tentar justificá-las.

7. Haverá tempos em nossa vida quando o certo e o errado estarão em forte contraste. Mesmo quando soubermos o que é certo e como as coisas deveriam ser mudadas, o poder vai parecer estar no lado errado.

8. Quando estamos agindo para fazer mudanças em nossa vida e relacionamentos, nós, nem sempre, estamos certos do que devemos fazer. Quando enfrentamos situações confusas, então precisamos contar com a sabedoria (que nem temos) para nos ajudar a tomar as nossas decisões.

9. Quando outras pessoas nos colocam em perigo ou nos causam sofrimento, nós podemos nos sentir como se nada pudéssemos fazer. Podemos ser usados no papel de vítimas. Há, porém, maneiras de manter a nossa dignidade e sensatez mesmo nas mais opressivas circunstâncias.

10. Serenidade é ter calma interior em meia às desigualdades da vida. Isso inclui aprender a contentar-se com aquelas coisas em nossa vida que não podem ser mudadas.

do site> Portal dos Anjos e das Estrelas de Avalon

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