terça-feira, 31 de julho de 2012

Atualizando seu potencial

Era uma vez....uma semente. Qualquer semente. Imagine-a na sua mão. Seja de uma grande árvore, ou mesmo de uma pequena plantinha. É apenas uma semente, mas já tem em si mesma, todo o potencial para ser tudo aquilo que já é e poderá vir a ser.... A semente tem em si toda uma programação, podemos dizer genética, que lhe permite “vir a ser” uma bonita planta, capaz de dar as mais belas flores para enfeitar ao nossos jardins, as nossas casas, as nossas vidas...ou, quem sabe, transformar-se em uma frondosa árvore e, dar-nos sombra, flores e frutos ... Esse é o objetivo de uma semente: ser. Do mesmo modo, nós temos um objetivo maior na vida: Ser. E como a semente, guardamos um potencial. Maravilhoso potencial que faz do homem também um criador, à semelhança do Grande Arquiteto e Criador de tudo que é. É certo que muitas vezes esquecemos disto e continuamos sendo apenas uma promessa. Em algumas ocasiões, chegamos mesmo a desenvolver algumas habilidades e competência... mas nos percebemos pequenos e esquecemos que podemos ser tudo aquilo que Ele pensou para sua criaturas...chegamos a esquecer que somos filhos de Deus e sua mais perfeita criação. Esta é uma das propostas deste livro, talvez a mais importante, lembrar-lhe quem é: uma criatura divina! Ajudar você, a encontrar, em meio a todo o material arquivado no inconsciente através da sua existência, todos os recursos e instrumentos que precisa para atuar nesse processo de vir a Ser. Os meios são muitos e estão aí, ao seu alcance, muito bem guardados em seu coração e na sua mente. É preciso apenas buscar, resgatar, porque todos temos todos os recursos que necessitamos para chegar onde queremos chegar.. São tantos instrumentos à sua disposição que pode acontecer de nem percebê-los ao seu alcance. São lições aprendidas pela vida a fora, são os relacionamentos já vividos, seus estudos..., enfim, recursos que adquiriu com esforço e alto investimento, e agora vai colocar a seu favor. Lembra-se de momentos difíceis em que precisou calar suas verdades para evitar que a situação ficasse mais caótica? Pois bem, isto foi uma grande aprendizagem. Esse tipo de experiências torno você mais rico de estratégias e com mais diplomacia. Claro que não é fácil segurar aquela sua parte que se rebela contra as injustiças, os abusos, o desrespeito e os mais diversos modos de agressão. Mas aprender a esperar a melhor hora para reivindicar seus direitos ou gritar contra injustiças, é sabedoria, um recurso fantástico que você está aprendendo a Assim, você vai tornando-se mais capaz, e se preparando melhor para enfrentar as dificuldades e obstáculos que surgem. Adquirindo os meios mais adequados para responder do modo mais correto, mais ético e mais equilibrado às situações geradoras de tensão ou estresse. A sabedoria está aí. Na capacidade de administrar suas emoções de acordo com seus anseios e não para atender as necessidades do outro. Poder fazer opções sem culpas nem sofrimentos. Ser livre para falar ou calar, saber qual a hora melhor para ir ou ficar, poder querer ou não querer fazer determinada coisa. E, principalmente, sabendo que isto é um direito seu. Fazer escolhas, e assumir a responsabilidade pelo caminho que resolveu seguir, com o controlar da situação nas suas mãos. Isto é sabedoria, um recurso que já está aí, registrado em você. Muitas vezes já o utilizou, mesmo sem perceber. É o fruto das suas experiência de vida, de anos e anos de lutas e batalhas, internas e externas. Resultado de combates que deixaram marcas no físico e na alma, e como consequência, muitos instrumentos que podem ser usados daqui para diante no trabalho de se tornar cada vez mais uma pessoa melhor e mais feliz. Lembre-se que é uma semente pronta para mostrar sua beleza, seu potencial de tornar-se uma árvore majestosa, capaz de dar sombra, flores e frutos. Ser uma pequena, mas grande parte do todo, do Universo. Essa é uma grande viagem. Por terras, mares, e até por um espaço maior, que transcende o que é visível aos olhos, e passa por alguns dos muitos caminhos possíveis de percorrer na busca pela felicidade e pela atualização do potencial de Ser. Vários deles já seus conhecidos, mas nada impede que sejam refeitos, agora com mais experiência e segurança. Outros estão ainda inexplorados, talvez por falta de oportunidade. Todos os caminhos são válidos e importantes se pretendemos chegar ao Saber, ao conhecer. Uma viagem fantástica e surpreendente. E enquanto tudo acontece, você vai descobrindo que muitas coisas que pensa que sabe, não sabe. Em contrapartida, sabe tantas outras... inúmeras outras, e não sabe que sabe. Já sabemos que nossa mente é um magnífico computador, muitos já disseram. Infelizmente, porém, ao nascer esquecemos de trazer do outro lado, o manual de funcionamento. Resta-nos agora descobrir como acessar as informações arquivadas. Claro que muitos já fizeram isto. Já encontraram o caminho para o seu saber. Ou Saber?

Sobre a felicidade

Voltamos a pensar sobre a Felicidade.....O que significa felicidade? O que é ser feliz? O significado da palavra felicidade está bem claro para você? Sinceramente, cheguei à conclusão que, muitas vezes pensamos saber exatamente o que está faltando na nossa vida, para sermos felizes. Lutamos para alcançar esse aspecto que julgamos ser tão importante, e quando alcançamos, descobrimos que não era isso. A Felicidade, definitivamente, não estava ali. Você sabe disso, porque muito provavelmente, algum dia, passou por algo semelhante. Se não aconteceu com você, deve conhecer alguém, que lutou muito por uma pessoa ou por alguma coisa e no final percebeu que estava enganada. Continua ainda hoje, buscando algo mais, capaz de fazê-la feliz. Claro que isto é muito triste. Tanta energia investida em algo que, ao final das contas, não é tão importante assim... Mas é assim mesmo. Importante mesmo, é persistir na busca. Não desistir de querer ser feliz. Mas, acredite, essa busca é eterna, incessante e faz parte do processo de vir a Ser. Mas, o que é mesmo fundamental para alcançar a tal felicidade tão sonhada? Para você, para você! Exatamente. Quero que pense a respeito. Que coloque as coisas no seu lugar. Avalie bem o que tem importância para você. Qual o significado de cada sonho seu? Uma vez realizado esse sonho, com certeza estará feliz? Essa pergunta, por sua importância, merece uma resposta bem pensada. Implica em ter conhecimento de sonhos, desejos e fantasias. É uma questão relacionada com seu sistema de valores. E isso é absolutamente pessoal. Difere de pessoa a pessoa, e passa pelas crenças pessoais, familiares e mesmo sociais. O que, verdadeiramente, tem valor para você, guerreiro?

autoconhecimento

Fala-se muito em autoconhecimento como forma de poder pessoal e de controle ou autocontrole. Quanto tempo nós gastamos em busca do auto conhecimento e do poder interior? E onde estará esse poder? Na família, no trabalho, no dinheiro? Talvez nos relacionamentos? Talvez no amor? ... Onde estará a felicidade que sonhamos? À procura da felicidade tão sonhada, vamos percorrendo vários caminhos, fazendo e refazendo percursos...., elaborando muitas perguntas e encontrando algumas respostas. Conhecendo pessoas, - algumas significativas, outras nem tanto;- e passando por situações mais ou menos agradáveis. Mas todas, com certeza, podem proporcionar a grande oportunidade de nos descobrirmos e de fazer contato com o outro, e com este maravilhoso mundo em que vivemos. Isto é viver! Viver intensamente. Uma vida rica de experiências e aprendizagens sobre nós mesmos, sobre os nossos recursos e limitações. E, principalmente, aprender o caminho para o alto da montanha, lá onde dizem os sábios, deixamos o nosso poder, onde o sol brilha mais bonito. Ao chegar lá no alto, podemos abrir os braços e deixar que os raios solares no invadam até também nos tornarmos luz e força. É essa a imagem que queremos para nós. A imagem de uma pessoa forte, luminosa e radiante. Dotada de grande poder pessoal, autoconfiança, serenidade. Essa é a imagem positiva que queremos projetar no mundo - de alguém vitorioso. Passamos tanto tempo voltados apenas paras as questões do cotidiano, os problemas nossos de cada dia que torna-se difícil criar o hábito de dedicar algum tempo para fazer um relaxamento, a fazer uma parada para uma reflexão mais séria, a não ser que esteja despertando e atingindo um estado de consciência mais elevado e passe a desejar uma grande mudança de vida. Quando sinto o vazio existencial em meu ser e percebo que está faltando algo, mesmo que não consiga identificar o que seja, que nada me faz feliz ou de repente percebo que faz bastante tempo que não me vejo nem ouço o que digo.. o tempo que dedico a mim mesma é mínimo porque é o que sobra... Para mim? Não tenho tempo! O homem tem pouco tempo para si, e de repente, num belo dia, descobre que há uma defasagem entre quem é, e quem pensa ser. Há quanto tempo não ouve o que tem a dizer e reprime a sua beleza interior, seus sonhos e fantasias? Sua resposta pode ajudá-lo a perceber que talvez esteja sonhando sonhos que não são seus, vivendo a história da sua vida como personagem e não como autor. De qualquer forma, sejam quais forem as respostas que encontremos para estas perguntas, vale a pena experimentar mudar de direção, agora.

O Xale

por Rubia A. Dantés Lembrei-me de uma vez, quando comprei um tecido fininho, muito leve e transparente... de fundo preto com rajados em dourado e bege que pareciam da cor das penas de gavião... Era um pedaço de tecido exposto em uma banca de retalhos, mas assim que o vi tive certeza de que gostava e o comprei... Não sabia o que fazer com ele... não era um tecido que estivesse na "moda", mas para mim era tão especial que não queria fazer somente qualquer coisa com ele... Por um bom tempo o tecido ficou no meu armário porque ainda não sabia o que inventar com aquele pedaço de pano que tinha amado à primeira vista... e continuava gostando sempre que, arrumando minhas coisas o encontrava entre os outros tecidos. Para alguns encontrava utilidade, outros doava para alguém, mas aquele eu guardava, porque sabia que um dia iria fazer alguma coisa especial com ele. Até que um dia, me preparando para um trabalho nas montanhas, peguei o tecido e a tesoura e fiz um xale lindo... Repiquei todos os lados e ficou como se fosse uma franja. Dobrei na diagonal, deixando uma parte maior que a outra, para que aparecessem duas camadas de franja... Fiz um broche com uma rosa de cetim, queimada nas pontas com fogo de uma vela e umas penas que guardava. Fiquei encantada com o resultado... O que levou tanto tempo guardado em pouco tempo se transformou em um lindo xale... O tecido desfiava onde cortei a franja e volta e meia perdia um pedaço... mas aquilo, em vez de deixá-lo feio, só fazia torná-lo cada vez mais bonito... porque dava uma leveza ainda maior... o vento movimentava aquela franja dando mesmo a idéia de asas de gavião... O fato é que se já amava o tecido, amei ainda mais o que fiz com ele. E desde aquela vez que o levei para um trabalho nas montanhas as pessoas gostaram dele... e eu me sentia acolhida. Claro que lá é normal as mulheres usarem xales.... saias compridas... e coisas que não tem que estar necessariamente "na moda", a moda lá é outra e cada um faz a sua de acordo com o que gosta, com o que se sente bem fazendo... Por isso... lá dá gosto de ver as mulheres com seus xales coloridos e enfeitados, bordados com contas e sementes... com broches criados pela imaginação de quem acessa o mundo das fadas ou das sonhadoras... negros quando o momento é de estar no profundo... nas cavernas... cada um trazendo seus mistérios. Ali com meu xale e o broche com penas... pérolas e rosa, me sentia em casa... e ninguém olhava para ele com aquele julgamento que vem de fora. Julgamento que vem de fora é aquele julgamento que a gente faz e que é baseado em medidas e regras que não vem de dentro. Por exemplo... - Mesmo que você goste de uma coisa, você julga não poder usar aquilo porque não está na moda. Ou usa o que não gosta por querer estar na moda. - Mesmo que te pareça absurdo o que algumas pessoas dizem e fazem, você acaba acreditando nelas e julgando-se inferior porque não está em concordância com aquilo. - Mesmo que muitas declarações de líderes mundiais firam os direitos humanos, são aceitos porque são julgados de acordo com o poder econômico que eles detêm... Enfim, existem mil maneiras de julgar o outro e a nós mesmos por esse tipo de avaliação que vem de fora e que não leva em conta nossa verdade mais profunda... e por isso nos afasta cada vez mais do caminho de volta para casa. E, por incrível que pareça, as pessoas gostam muito mais quando somos fieis à nossa Alma e quando honramos nossa verdade. Aí não importa a roupa que estejamos usando nem a cor do nosso xale... tudo parece estar bonito e no lugar. Quando estamos vestindo a verdade do outro, parece que estamos usando roupas que não nos cabem... nem na cor nem no estilo e por isso ninguém gosta... e muito menos a gente mesmo. Alguns até podem fingir que gostam caso existam outros interesses em jogo... mas quem deseja ter pessoas assim ao seu lado? Continuando com a história do xale, um dia eu tive que ir a uma festa que não era nas montanhas... E fui bem da forma que gostava, com meu xale... Claro que uma parte minha pensou que algumas pessoas poderiam estranhar aquele pedaço de pano meio desfiado sem arremates e completamente "fora da moda". Mas eu me sentia tão bem com ele que nem me importei com essa parte... e até me esqueci de como estava vestida... Lembro-me que rimos muito e era muito bom estar com pessoas queridas. E quase no final da festa, uma mulher muito elegante me perguntou onde eu havia comprado aquele xale, que era muito bonito... "A tomada do xale é um ensinamento Paiute pouco conhecido, que surgiu numa época em que alguns membros da Raça Vermelha não conseguiam mais viver no mundo dos brancos. Esses nativos Americanos que escolheram voltar para casa e abraçar os ensinamentos dos seus Anciões foram os primeiros a tomar o xale. O xale simbolizava o retorno ao lar e aos braços da Mãe Terra e significava sentir-se envolvido pelo seu amor e sua proteção" Jamie Sams Sei que o caminho que estou percorrendo "de volta para Casa" ainda vai ser tecido com muitos fios... e ainda vou me cobrir com muitos xales, mas cada vez que me sinto acolhida pelo Amor da Grande Mãe me dá a certeza que quanto mais aprofundamos nossas raízes na Terra, mais nos abrimos para receber as bênçãos do Pai do Céu

O medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê. O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo. Martha Medeiros

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Melodias da Alma

Existem os afazeres do tempo, e existem as melodias da alma. Importantes são os afazeres do tempo; essenciais, as melodias celestiais. Breve, incerta & fugaz é esta existência terrena. Quão curta a distância entre a menina e a anciã... As aulas de balé, o sol da manhã, e as notícias do jornal. Tudo passa, tudo passará... Cadernos de Política, Economia, Esportes, Cotidiano, Turismo e Cultura. E a Espiritualidade, onde é que fica? O barulho do mundo, & as melodias da alma... A eterna busca por sentido, num mundo cada vez mais veloz e fragmentado. "Qual a razão de ser e de sentir?", perguntou-nos outrora um poeta. Educar as próximas gerações de modo que valorizem os bens imateriais, e que possam almejar e alcançar alturas espirituais. Que saibam o valor do Amor, da Bondade, da Caridade, e da Compaixão. Que cultivem um coração solidário, a contribuir para humanizar o mundo à sua volta. "Só adquirirás a felicidade em proporção a tua generosidade." Meditar sobre as virtudes do silêncio e das palavras bem empregadas. Refletir sobre a felicidade, filha da generosidade. A partilha e a doação de bens e dons, materiais e espirituais. Grãos de areia, nas praias da existência, é o que somos. A espuma branca e fina, que diante da leve brisa desmanchará. E vamos vivendo as nossas vidas, dançando ao som do destino, durante o tempo que nos é destinado. Somos feitos de pensamentos, atos e palavras. A vida para ser plena envolve busca, sabedoria e escuta. Sem ouvidos atentos às melodias da alma, de que terão servido os dias vividos? "Procura a tua própria verdade e, se crês tê-la encontrado, obedece-lhe." "A felicidade consiste em dar passos em direção a si mesmo e olhar o que você é."

terça-feira, 17 de julho de 2012

Liberte-se da Culpa

A culpa pode ser definida como a responsabilidade que sentimos quando praticamos algo que, de forma negligente ou imprudente, possa ter causado dano ou ofensa a alguém.

Para buscarmos a libertação da culpa é fundamental entender porque estamos sujeitos ao erro e, se o cometemos, por que sentimos a culpa a atormentar nossas mentes.

Deus, soberanamente bom e justo, desde toda a eternidade, estabeleceu leis que regem tanto o mundo material quanto o mundo moral. As leis morais necessárias para o Espírito estão gravadas na nossa consciência.

“Assim como o espelho reflete o nosso exterior, a consciência reflete o nosso interior. Vemos através dela a imagem perfeita de nossa alma, como no espelho a imagem real do nosso rosto.”

A consciência tem a função de refletir com justiça, pondo diante de nosso próprio critério o aspecto exato de nossa moral e a forma interna do nosso ser.
A consciência é o árbitro interno, que se encarrega de estabelecer as diretrizes de segurança para a vida.

À medida que evoluímos, ela se torna mais desperta e mais lúcida, dando-nos uma compreensão mais ampla do porquê da vida, tal como um nevoeiro que quando vai se dissipando, nos permite ver o horizonte com maior amplitude.
Sempre que agimos em desacordo com as Leis de Deus, ela se manifesta, direcionando nossa atenção para o sucedido, objetivando o arrependimento e a reparação.

Como Espíritos imortais, fomos criados simples e ignorantes, visando, através das sucessivas encarnações, a perfeição. Ao longo dessa caminhada evolutiva vamos fazendo escolhas. Nessas escolhas cometemos erros, quer por ignorância ou fraqueza moral, pois enquanto ignorantes, agimos mais ou menos arrastados por impulsos primários, encontrando no erro a oportunidade de aquisição de conhecimento, de experiência, de discernimento, e de lucidez.

No entanto, quem erra tende a tornar-se escravo do gravame praticado, talvez influenciado pela educação religiosa que nos ensinou a sermos excessivamente rigorosos conosco.
Enquanto a consciência for excessivamente severa no julgamento, fará um esforço no sentido de exigir severas reparações em relação ao erro praticado.

A culpa somente tem sentido até o momento em que tivermos a consciência do erro. A partir daí ela passa a ser nociva ao melhoramento, pois ela não faz ninguém se sentir melhor, nem serve para modificar uma situação.
Do contrário, a culpa nos mantém conectados ao erro.

A culpa constrange, inferioriza, deprime.
Não adianta nada remoer o passado, cultivar o remorso e o ressentimento. Quando compreendemos o real sentido da vida, passamos a entender que errar faz parte do aprendizado.
Não importa o tamanho do erro, sempre queremos o melhor. Nada poderia ter sido diferente do que foi, porque era a maneira que sabíamos ver na época.
Sempre fazemos o que pensamos ser o melhor dentro do nosso nível de entendimento. E mais: o erro faz parte da aprendizagem e costuma ensinar muito mais do que o acerto.

As dificuldades, os problemas, os enganos e até as ilusões são formas de treinamento para que alcancemos a maturidade. Por isso, a culpa deve ser eliminada da nossa mente, pois, além da dor e da tristeza íntima, poderá, a longo prazo, desencadear enfermidades no corpo físico.
Inclusive, algumas pesquisas comprovam que sentimentos como o ressentimento e a culpa são encontrados na maioria dos casos de câncer.

Estamos sujeitos à lei de causa e efeito e seremos responsabilizados pelas faltas que cometemos. Em vez de nos submetermos à escravidão que a culpa pode causar, devemos pelo trabalho e através da reforma íntima, buscar reparar os equívocos, fazendo o bem em compensação ao mal que praticamos, tornando-nos humildes, se tivermos sido orgulhosos, amáveis, se tivermos sido severos, caridosos, se tivermos sido egoístas, úteis, se tivermos sido inúteis, benignos se tivermos sido perversos.



- autoria desconhecida

sábado, 14 de julho de 2012

Amor incondicional

O mundo, como um todo, tem esquecido o significado real da palavra amor. O amor tem sido tão maltratado e crucificado pelo homem, que muito poucas pessoas sabem o que é o verdadeiro amor. Assim como o azeite está presente em cada partícula da azeitona, assim o amor permeia cada partícula da criação. Definir o amor, porém, é muito difícil, pela mesma razão por que não se pode descrever completamente o sabor de uma laranja. Você tem que provar a fruta para saber seu sabor. Assim é com o amor.

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No sentido universal, o amor é o poder divino de atração que, na criação, harmoniza, une, prende juntos [...] Aqueles que vivem em sintonia com a força atrativa do amor harmonizam-se com a natureza e com os seus semelhantes, e são atraídos para a união bem-aventurada com Deus.

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"O amor comum é egoísta, sombriamente enraizado nos desejos e satisfações" [dizia Sri Yukteswar]. "O amor divino é incondicional, ilimitado, imutável. O fluxo do coração humano desaparece sempre, ao toque transfixante do puro amor."

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Muitos seres humanos dizem "eu te amo" num dia e o rejeitam no dia seguinte. Isso não é amor. Se o coração de uma pessoa está saturado do amor de Deus ela é incapaz de ferir alguém propositadamente. Quando você ama a Deus sem reservas, Ele preenche seu coração com Seu amor incondicional por todos. Nenhuma língua humana pode descrever esse amor [...] O homem comum é incapaz de amar os outros dessa maneira. Auto-centralizado na consciência do "eu, mim e meu", ele ainda não descobriu o Deus onipresente que reside nele e em todos os outros seres. Para mim não diferença entre essa e aquela pessoa. Vejo todos como almas que são reflexos do Deus único. Não considero ninguém como estranho, pois sei que somos parte de um Único Espírito. Quando você souber, por experiência, o verdadeiro significado da religião, que é conhecer Deus, compreenderá que Ele é o seu Ser e que Ele existe, igual e imparcialmente, em todos os seres. Então você será capaz de amar os outros como seu próprio "Si Mesmo".

(Paramahansa Yogananda - extraído do livro "Onde Existe Luz")

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A terceira inteligência

No início do século 20, o QI era a medida *definitiva* da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a "descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções e os sentimentos." A ciência começa o novo milenio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma Nova Era no mundo dos negócios, na política, indústria, enfim em todas as atividades e relações humanas.

*Drª Dana Zohar - Oxford *

No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana *Dana Zohar* aborda um tema tão novo quanto polêmico:
*a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.*

*A autora e o seu livro.*

Ela baseia seu trabalho sobre *Quociente Espiritual (QS)** *em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "*Ponto de Deus" no cérebro*, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.
Afirma Dana:

A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna.** Vivemos numa cultura (sociedade) **espiritualmente estúpida**, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".*

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford.

É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Editora Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou à Revista EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

P- O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência , que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para se ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos.
É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O *QS* está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

P - De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI,ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights,formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o *QS, ou inteligência espiritual*.

P - Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. *A Inteligência espiritual fala da alma (e dos sentimentos)**.

O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade (Caso contrário não haveria humanidade. O Espírito *é causa primordial* de todos os efeitos materiais e da humanidade, é o númeno/energia que engendra todos os fenômenos/mundo material universal).

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo
2. São conduzidas e levadas por valores éticos e humanistas. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência
7. Perguntam sempre "por quê?"
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10.Têm compaixão.

sábado, 7 de julho de 2012

Ensinamentos de Francisco de Assis

Quando não há nada mais a ser dito, silencia.

Quando não há mais nada a ser feito, permitas apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires.

Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranquilidade, descansa e refaz tua energia.

Não há pressa, a prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.

Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado.

É necessário descobrirmo-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável.

Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.

Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.

Não te preocupes, se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver.

Confia e vai em teu caminho de paz.Nada é mais gratificante que ver alguém submergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.

Ela sempre esteve presente...

Era só abrir os olhos...






São Francisco de Assis

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A carga

Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra em uma das mãos e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:
- Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?
- É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava.
Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor. Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:
- Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?
- Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante, porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo.
Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves. Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas
desnecessárias cargas. E ele foi abandonando uma a uma. Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.
Qual era na verdade o problema dele? A pedra e a abóbora? Não! Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado.
Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas.
Temos que prestar atenção às cargas que roubam nossas forças e energia:
pensamentos negativos, culpa, falta de perdão, mágoa, ciúmes, sentimentos de ódio, vingança, autopiedade.
..
Autor desconhecido