terça-feira, 12 de março de 2013

Até que ponto é difícil conviver consigo mesmo?

Eckhart faz essa pergunta para falar do ego coletivo... É... Aposto que você pensou que havia só o ego pessoal, certo? Mas, aí tem essa pedrinha em nosso sapato ( no meu caso, já estou usando coturno, já passei pela galocha!) – simplesmente, porque a pedra é grande no caminho de nosso VERDADEIRO despertar e consciência; em que ponto dela (a consciência) ou desse despertar nós nos encontramos, de verdade?

Assim é que o autor de “O Despertar de uma Nova Consciência”, escreve sobre o nosso ego pessoal se identificando com o ego coletivo – que pode ser aqui entendido como “um grupo, um país, um partido político, uma empresa, uma instituição, uma seita, um clube, uma turma, um time de futebol, etc. Em alguns casos, o ego parece se dissolver completamente quando alguém dedica a vida a trabalhar com abnegação pelo bem maior de uma coletividade sem exigir recompensa, reconhecimento nem enaltecimento. Que alívio ser libertado da carga incômoda do eu pessoal. Os membros do grupo sentem-se felizes e satisfeitos, não importa quanto precisam trabalhar, quantos sacrifícios tenham que fazer. Eles parecem ter superado o ego. A questão é: será que se libertaram de verdade ou o ego apenas se mudou do plano pessoal para o coletivo?”(p.112)

- Agora é que vem a pior parte – aquela que a gente olha e diz: puxa! Eu nem tinha pensado nisto... Mas, temos que enfrentá-la não é mesmo? Lá vamos nós prosseguindo na leitura que ele propõe:

“Um ego coletivo manifesta as mesmas características do ego pessoal, como a necessidade de enfrentamentos e inimigos, de ter ou fazer mais, de estar certo e mostrar que os outros estão errados, etc. Cedo ou tarde, essa coletividade entrará em conflito com outras coletividades porque busca inconscientemente o desentendimento e precisa de oposição para definir seus limites e, assim, a própria identidade. Depois, seus integrantes experimentam o sofrimento, que é uma conseqüência inevitável de toda ação motivada pelo ego. A essa altura, eles podem despertar e compreender que seu grupo tem um forte componente de insanidade.

Pode ser doloroso acordar de repente e perceber que a coletividade com a qual nos identificamos e para qual trabalhamos é, na verdade, insana. Nesse momento, há pessoas que se tornam cínicas ou amargas e, daí por diante, passam a negar todos os valores, tudo o que vale a pena. Isso significa que elas adotam rapidamente outro sistema de crenças quando o anterior é reconhecido como ilusório e, portanto, entra em colapso. Elas não encaram a morte do seu ego; em vez disso. Fogem e reencarnam em outro.


Um ego coletivo costuma ser mais inconsciente do que os indivíduos que o constituem. (...)


À medida que a nova consciência for surgindo, algumas pessoas se sentirão motivadas a formar grupos que a reflitam. E eles não serão egos coletivos. Seus membros não terão necessidade de estabelecer sua identidade por meio deles, pois já não estarão procurando nenhuma forma para definir quem são. Ainda que essas pessoas não estejam totalmente livres do ego, elas terão consciência bastante para reconhecê-lo em si mesmas ou nos outros tão logo ele se manifeste. No entanto, será preciso estar sempre alerta, uma vez que o ego tentará assumir o controle e se reafirmar de qualquer maneira. Dissolver o ego humano trazendo-o à luz da consciência – esse será um dos principais propósitos desses grupos formados por pessoas esclarecidas, sejam eles empresas, instituições de caridade, escolas ou comunidades. Essas coletividades vão cumprir uma função importante no surgimento da nova consciência. Enquanto os grupos egóicos pressionam no sentido da inconsciência e do sofrimento, as agremiações esclarecidas podem ser um vórtice para a consciência que irá acelerar a mudança planetária.” (p.114)


Portal Arco Iris

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