sábado, 23 de março de 2013

Respiração, nosso primeiro ato


Quando nascemos, respiramos. É o primeiro e o último ato de nossas vidas. Na primeira vez em que o oxigênio “queima” nossos canais respiratórios, temos a certeza de onde estamos e do que precisamos resgatar. E por isso choramos!
Sabemos que devemos enfrentar tudo novamente: a primeira dentição, o primeiro dia de aula, a adolescência, os sentimentos densos, assim como o primeiro amor, a primeira festa, o primeiro vestibular e tudo o que acontece na fabulosa aventura de viver.
Muitas vezes, vamos atravessando os desafios, vencendo-os, e nos  esquecemos daquela que nos acompanhará para sempre: a respiração, que é a mais vital das funções. Um ser humano tem a capacidade de viver vários dias sem beber água, sem alimentar-se ou sem dormir, mas, se ficar sem respirar por três minutos, fenecerá.
Poderíamos dar mais importância a esse ato tão vital que já desenvolvemos ao nascer e do qual, ao longo da vida, até nos esquecemos. Somente de prestarmos atenção ao ar que entra e sai de nosso corpo, tentando aumentar os ciclos respiratórios, de forma profunda, teríamos excelentes resultados em vários níveis. Quando nosso cérebro está oxigenado, a mente funciona melhor, aumentando suas faculdades, conseguindo buscar melhores soluções para vencer os desafios da vida.
Ao respirarmos de forma consciente, levamos às nossas células, que são organismos vivos e plenos de sabedoria, um suprimento de energia vital capaz de estabelecer uma conexão entre todas as partes de nosso corpo. Por meio da respiração, aprendemos a nos conhecer de forma íntima, a reconhecer os ritmos de nosso corpo e da nossa alma.
Uma das melhores maneiras de “reaprender” a respirar, levando saúde e energia às nossas células físicas e espirituais, é a prática dos os “pranayámas”, exercícios respiratórios normalmente ensinados nas aulas de ioga com o propósito de levar energia vital ou prana a todos os nossos corpos (físico e sutis), gerando um estado de saúde, plenitude e contentamento.
Estudos mostram que pessoas que sabem usar a respiração de forma equilibrada – o mesmo tempo que levamos para inspirar é o mesmo tempo que mantemos os pulmões cheios; e o mesmo tempo que levamos para expirar é o mesmo tempo que mantemos os pulmões vazios, em ciclos contínuos – têm maior longevidade e qualidade de vida, são mais serenas e tranquilas. A respiração cadenciada ajuda a manter a pressão arterial equilibrada e evita o estresse, pois uma mente mais oxigenada é mais rápida e perspicaz para encontrar boas soluções nos desafios do dia a dia. Um dos fatores que contribuíram muito para a ascensão de seres iluminados foi a respiração correta. Quando conseguimos respirar de forma correta e equilibrada, nossa mente se esvazia, e com isso evita a contaminação da energia vital com pensamentos, sentimentos e emoções. A concentração na respiração mantém nossa energia vital pura e conectada com a Fonte Maior.
Imagine se fôssemos treinados desde muito pequenos para respirar de forma equilibrada. Provavelmente, nossas crianças seriam mais tranquilas, concentradas, felizes e saudáveis.
Convido você a experimentar a dádiva que é respirar equilibradamente. Eis aí um importante e vital desafio!

Por Patrícia Cândido - patricia@luzdaserra.com.br
Escritora, palestrantes, autora de 4 livros.
site: Luz da Serra

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