quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sensação de perda e abandono

“Alguns mecanismos de nossa mente foram criados há muito tempo, ou mesmo, em outras vidas, como um processo de defesa e preenchimento de nossas angústias, tornando-se crônicos e viciosos. Tais mecanismos, para que sejam removidos, requerem um prolongado esforço e aprofundamento na compreensão de nossas carências. É necessário que se desidentifique da dor e da perda de algo que já morreu. A identificação com a sensação de abandono, construída pelo luto não concluído, se reverte num estado de melancolia e forte depressão; consequentemente, uma estagnação. Isso deve ser sublimado e transmutado, após a elucidação das “personas” obscuras que carregamos em nosso campo psíquico, somada ao reconhecimento de nossa responsabilidade. Aqui, então, cabe que façamos uma pausa, um recolhimento para recarregar nossas forças e enfrentarmos os “bichos-papões” de nossa mente, que nos incutem o medo e nos fazem sofrer pela falta de ação. Ao passar esta noite de tormentas voltamos a ser um salutar aprendiz, descobrimos novos talentos e vislumbramos um novo campo de atividades para o crescimento da Alma.”

(Roberto Nogueira, em “A Graça do Senhor”)

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