quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Companhia Perturbadora


Reflexionas, sofrido, em tentativas racionais para compreender, por que pessoas aparentemente generosas falam mal de ti, são inamistosas para contigo, recusam a tua presença fraterna...

Consideras, magoado, que nada de mal lhes fizeste, antes reservaste respeito e consideração para com elas.

Intentaste um relacionamento agradável e foste repelido.

Supões que se trata de antipatia provinda de existências passadas...

Não apenas estes, a quem conheces, opõem-se a ti e comentam desairosamente a teu respeito.

Ouviram falar sobre ti, ou viram-te em um momento breve, não possuindo justificativas para objetar-se aos teus labores.

Multiplicam-se, porém em todas as áreas humanas, estas ocorrências.

Inimigos surgem inesperadamente, retalhando os grupos sociais com as tesouras da intriga, da maledicência, da malquerença.

Se pudesses ou devesses interrogá-los pelos motivos da inimizade, argumentariam com veemência, explicariam de variada forma, todavia, não se dariam conta da geradora real desse desconcerto.

Sabendo disfarçar-se, ela permanece oculta, no entanto destila veneno e atira petardos aguçados que atingem muitas vidas.

Essa companheira perturbadora é a inveja.

Aqueles que não cresceram emocionalmente cultivam-na, infelizes com o triunfo dos outros, a sua aparência de felicidade, a beleza, a inteligência e a saúde de que sejam portadores...

O invejoso não necessita de razões para externar os sentimentos inferiores, que se convertem em rancor, ojeriza ou sistemática perseguição.

Desejando superar as demais criaturas, não vence as más inclinações morais, entregando-se à campanha inglória da crucificação de outras vidas.





Luta com tenacidade contra a inveja.

Dilui o sentimento negativo na solução do respeito às conquistas alheias.

Desconheces os testemunhos ocultos e silenciosos daqueles a quem invejas ou contra os quais competes.

Muitos desses indivíduos são mais nobres do que parecem, porquanto, sob dores morais e físicas muito fortes, não se deixam trair, aparentando uma realidade que não estão vivendo, como forma de preservar o equilíbrio social e familiar.

O êxito, a fama, o destaque, a glória são conquistas efêmeras, e aqueles que as alcançam oferecem um tributo muito pesado.

Não invejes ninguém nem posição alguma.





Contenta-te com o que tens, o que és; anela e luta pelo teu crescimento interior e a tua realização plenificadora.

Não é o volume do que se faz, que realmente revela a pessoa que o realiza. Cada ser vale a medida do seu esforço em relação aos recursos de que dispõe.

Executa o teu trabalho com amor, e dá-lhe o toque de ternura pessoal que o tornará especial e exclusivo.

Jesus referiu-se à fé do tamanho de um grão de mostarda, à alegria pelo reencontro de uma insignificante dracma que estava perdida, valorizando as pequenas-grandiosas coisas da vida como de real importância.

Assim, vigia as nascentes dos teus sentimentos, a fim de que a inveja não se transforme em algoz das tuas aspirações e tormentosa inimiga daqueles que lutam e sofrem, no processo da evolução, no qual todos nos encontramos situados.



pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco
obra: Momentos de Harmonia

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