quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Honestidade

“Honestidade” é uma palavra muito usada, mas seu real significado raramente é percebido. Não tem nada a ver com moralidade ou ser bonzinho. Ser honesto também tem pouca relação com ser apanhado e ir para a cadeia. De fato, ser honesto é um ato de amor por si mesmo. A lei de causa e efeito atua em todos os níveis. Se você menospreza e critica os outros, será menosprezado e criticado. Se você está sempre com raiva, só atrai raiva. Da mesma forma, se você é honesto, só atrai honestidade. Imagine que você acaba de descobrir que sua casa foi assaltada. Sua primeira reação é sentir-se uma vítima: “Por que fizeram essa maldade comigo?” No entanto, o que você precisa fazer é parar para pensar por que e como você atraiu essa experiência desagradável. Quando ouço alguém se queixar de que foi roubado ou sofreu uma perda em alguma área de sua vida, logo pergunto: “O que você andou roubando ultimamente?” A primeira reação é sempre um ar de surpresa, mas uma análise mais cuidadosa e profunda acaba revelando uma ligação entre os dois acontecimentos. Quando nos apoderamos de alguma coisa que não é nossa, perdemos algo de maior valor. Se rompemos o relacionamento de alguém, podemos perder um emprego. Se roubamos dinheiro ou algum objeto, podemos sofrer uma perda em um relacionamento. Se furtamos selos ou canetas do escritório onde trabalhamos, podemos perder a condução ou um compromisso. Como tudo nesta vida, a desonestidade tem seu preço. Infelizmente, muitas pessoas roubam de hotéis, lojas de departamentos, supermercados, grandes companhias etc. porque acreditam que essas empresas podem arcar com o prejuízo. Mas esse tipo de raciocínio não funciona com a lei de causa e efeito. Quem rouba é roubado. Quem dá recebe. Não pode ser diferente. Assumir a responsabilidade de criar as próprias experiências é uma ideia que nem todos gostam de aceitar. É sempre mais fácil pôr a culpa nos outros de que enfrentar os próprios defeitos. Entretanto, o crescimento espiritual só ocorre quando reconhecemos que existe muito pouco de valor fora de nós, que tudo vem de dentro. Se você anda sofrendo muitas perdas ou prejuízos na vida, examine o que pode estar tirando dos outros. Algumas pessoas que jamais furtariam um alfinete não hesitam em roubar a autoestima de um semelhante, fazendo-o se sentir culpado por alguma infelicidade. É preciso muita autoanálise e percepção para sermos verdadeiramente honestos em todos os níveis. Quando nos apossamos de algo que não nos pertence, avisamos o Universo que não somos dignos de ganhar com nosso próprio trabalho, que não somos bons o bastante, que desejamos também ser roubados. Estamos dizendo também que não acreditamos que existe o suficiente para todos. Acreditamos que temos de ser furtivos para conseguir o que é bom. Essas crenças se tornam muralhas em torno de nós, impedindo-nos de experimentar a abundância e a alegria da vida. As crenças negativas não são a verdade de nosso ser. Somos magníficos e merecemos o melhor. Este é um planeta de abundância. Quando entendemos que nossos pensamentos criam nossa realidade, ser absolutamente honestos, até o último clipe de papel, é mais uma escolha que fazemos por amor a nós mesmos. A honestidade ajuda nossa vida a fluir com mais facilidade e suavidade. Por isso, lembre-se de você mesmo quando fizer alguma compra e receber troco errado a seu favor. Avisar o caixa de seu erro é uma obrigação espiritual sua, que só reverterá para seu próprio bem. Se a desonestidade atrai a desarmonia, o amor e a honestidade somados fazem maravilhas. Tal como criamos o que existe de mau em nossa vida, também criamos o que temos de bom, até as mais belas das surpresas. Nosso poder é imenso. E o que aprendemos a criar com nossa própria consciência tem um valor muito maior. Louise Hay

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