sábado, 22 de março de 2014

Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho 3 - Xangô

XANGÔ é a sabedoria, o amor e o respeito à vida, em obediência às leis de Deus; é o entendimento do encadeamento de nossas ações e reações, que estabelecem uma relação de causa e conseqüência, no sentido de ascensão espiritual; é o equilíbrio cármico.
No Evangelho, encontramos as vibrações de Xangô nas seguintes máximas:
• "Não julgueis para não serdes julgados".
• "Com a mesma medida que medirdes será medido".
• "Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado".
• "Vá e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior".
• "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória".
• "Conhece a verdade e ela vos libertará" (a compreensão das leis morais divinas liberta da roda do carma, das reencarnações sucessivas).
• "Perdoai setenta vezes sete vezes".
• "Ide reconciliar-vos com vosso irmão antes de pordes a vossa oferenda no altar".
É tão fácil perceber a dificuldade alheia, decidir qual atitude o outro deve tomar, resolver os problemas alheios, criticar e espalhar a maledicência... O ser humano não costuma olhar para si mesmo e avaliar a sua conduta diante da vida e do próximo. Acertar e errar faz parte desta vida terrena, isto é, ter humildade para reconhecer os erros, perseverança para continuar, e reconhecer o motivo pelo qual cada um está num degrau evolutivo diferente. Não podemos exigir aquilo que o outro não tem para nos oferecer, nem a capacidade para compreender.
Para cada ação, há uma reação, seja positiva ou não. Por isso, é preciso ter flexibilidade diante da vida, ter misericórdia para com a dor alheia, perdoar para se libertar, refletir sobre a capacidade de mudar, perceber qual a facilidade de aprender com a vida, estar em paz e equilíbrio com a Lei Divina para poder receber, por meio do merecimento pelo esforço empreendido para melhorar, as bênçãos que deseja alcançar. Fazer o bem e desejar o bem.
Devemos usar sempre a "verdade como proteção" e ser fiéis a nós mesmos, ouvindo a voz do nosso coração. Mestre Jesus sempre usou a verdade, e em Seus ensinamentos, iniciava Suas frases assim: "Em verdade, em verdade vos digo...".
O perdão das ofensas liberta dos aprisionamentos do passado, das mágoas e dos ressentimentos, é o bálsamo que cura as feridas da alma. Jesus nos pediu que perdoássemos ilimitadamente, ou seja, sempre. E Suas últimas palavras terrenas foram uma súplica a Deus pela humanidade: "Pai, perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem".
Tanto tempo se passou e nós continuamos fazendo as mesmas coisas, nessa roda viva de incompreensão, violência, desamor, julgamentos e cobranças, vítimas que somos de nossas inconseqüências, apegados às próprias dores e cheios de medo da mudança, de recomeçar, reconstruir o caminho, de aceitar ser feliz.
A felicidade terrena não é integral, mas é possível porque vem de dentro, do coração amoroso que faz o bem e que deseja ao outro o que quer para si próprio. Amar, perdoar e servir foi o exemplo deixado por Jesus.

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