quarta-feira, 25 de junho de 2014

Demônios e exorcismo


Em vários setores da atualidade revive-se a figura do demônio, no estilo
da Idade Média, e articulam-se processos de exorcismo a fim de lhe
conjurar a presença. Entretanto, no assunto, vale revisar os conceitos
kardequianos emitidos há mais de um século.

Demônios, no sentido que a civilização corrente empresta ao vocábulo,
não são seres votados pela Sabedoria Divina à prática do mal, e sim
espíritos humanos que se desequilibraram em atitudes infelizes perante a
vida. Podem estar domiciliados em faixas de sombra do Mundo Espiritual,
em correlação com o Plano Físico ou em núcleos residenciais da Terra
mesmo. Desencarnados e encarnados.

E, para entendermos o exorcismo, basta que nos detenhamos no estudo da
hipnose e do reflexo condicionado para recolher as melhores conclusões
quanto ao poder da influência.

O homem sempre necessitou de apoiar-se em símbolos de amor e fé,
autoridade e responsabilidade para facear com segurança as forças que se
lhe conservam desconhecidas.

Tanto na paisagem terrestre, quanto na paisagem espiritual, seja no
estágio físico ou nos períodos de tempo, antes e depois da permanência
no corpo de matéria mais densa, a personalidade humana, em determinados
degraus da estrada evolutiva, frenará os impulsos de agressividade
exagerada ou buscará encorajamento nas próprias fraquezas, em sinais e
palavras, imagens e sons que lhe recordem os dispositivos de proteção
mental a que habitualmente se submeta ou recorra, nos lances das
próprias experiências.

À vista disso, é fácil compreender que a pessoa humana, quando fora das
leis de harmonia e burilamento que nos regem os destinos, será sempre
uma criatura de emoções transitoriamente deterioradas, criando
tribulações no lugar em que se encontre.

E, por outro lado, não é difícil perceber que o exorcismo, na base dos
agentes magnéticos e dos valores da memória, é sempre uma alavanca de
emergência capaz de remover influências infelizes./

*

Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Caminhos de Volta, Médium: Francisco
Cândido Xavier.*

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