segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Autoconhecimento e Cura

CHAVES PARA O AUTOCONHECIMENTO E A CURA-
O Estudo do Eu Superior-parte 2
Publicado por Fatima dos Anjos em 20 setembro 2015 às 13:07 em CHAMA TRINA

Ao longo dos muitos anos de provas, testes e desafios, estamos dizendo que o processo de ascensão implica em reconhecimento, liberação e transformação de todos os padrões vibracionais negativos e impactados que nós carregamos em nossas formas complexas física, mental, emocional e etérica. Como novatos, que começavam a jornada de transformação, nós não poderíamos abranger ou compreender plenamente que um inescrutável dom nos aguardava, enquanto alcançávamos certo nível de equilíbrio e harmonia internos: o dom de nos conectarmos com nosso Eu Superior; Um estado de Graça aguarda cada alma na Terra logo que ela obtenha a capacidade de funcionar nos padrões de frequência da quarta sub-dimensão média e acima. À medida que nos reconectamos ao nível do nosso Eu Superior dentro do espectro de Luz e sombra da 3D, nós progressivamente aprendemos a manter uma maior centralização, que é um elemento vital para se permanecer centrado no coração e concentrado na alma.A ascensão significa alcançar uma conscientização mais clara do Eu (Self), e aceitar o fato de que nós somos uma extensão de nosso Deus Pai/Mãe. Conforme mergulhamos cada vez mais profundamente em nosso Eu (Self), chegamos a perceber nossa ligação íntima com o Plenum Cósmico/Deus/ Criador. Logo que consigamos sentir a felicidade requintada de uma conexão franca com o nosso Deus Pai/Mãe, e nós sejamos capazes de atrair plenamente as Partículas Adamantinas de Amor/Luz, o nosso anseio por amor é preenchido gradativamente;nossa” fome por sustento” sempre será satisfeita, e receberemos a força, a vontade e a determinação que é exigida para completarmos nossa missão terrena. Por meio desse processo, o nosso verdadeiro Eu (Self) ,nos está sendo revelado aos poucos.Explicamos já em outros posts, como o espectro de Luz e sombra foi criado neste universo de modo que a humanidade pudesse vivenciar a dualidade e a polaridade. Nas dimensões superiores, para aqueles mais próximos de nosso Deus Pai/Mãe e do Grande Sol Central, o espectro da dualidade é muito estreito. Todavia, tornou-se mais largo e mais pronunciado à medida que cada dimensão era estabelecida, até que alcançou o que viria a ser a dualidade máxima que está sendo experimentada. Nós estamos cientes de que não foi decretado ou pretendido que a humanidade devesse afundar tão profundamente na dualidade e na polaridade, provocando, assim, tanta dor e sofrimento. O tempo chegou para que as distorções e excessos do passado sejam trazidos de volta à harmonia, e é nosso maior desejo atravessar esse processo com facilidade e graça.
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A BUSCA DO SELF
Em Psicologia Junguiana, o termo Self (si-mesmo) refere-se ao arquétipo da totalidade, ao centro regulador da psique, a um poder transpessoal que transcende o ego. Trata-se de conceito importantíssimo nesta fantástica e revolucionária teoria elaborada pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Murray Stein, psicólogo analítico, apresentando o conjunto de idéias centrais que compõem a referida abordagem psicológica, comenta de forma bastante didática e interessante: “O sistema psíquico como um todo consiste em muitas partes. Pensamentos e imagens arquetípicas situam-se num pólo do espectro, as representações de pulsões e instintos, no outro extremo, e entre os dois encontra-se uma vasta quantidade de material pessoal, como memórias esquecidas e relembradas, e todos os complexos. O fator que ordena todo esse sistema e o mantém unido e coeso é um agente invisível chamado” si-mesmo.” Este é o que cria os equilíbrios entre os vários outros fatores e os ata numa unidade funcional. Em suma, o si-mesmo é o centro e cabe-lhe a tarefa de unificar as peças. Mas faz isso a uma distância considerável, como o sol influenciando as órbitas dos planetas. A sua essência situa-se além das fronteiras da psique.”
Temos, então, o desafio de buscar manter contato com esta fonte de inspiração e orientação… E como é difícil nos voltarmos ao transcendente… Quanta complexidade em fortalecermos o ego e, ao mesmo tempo, nos desapegarmos dele… Não por acaso, o processo definido por Jung como individuação mostrou-se práticamente inviável; Completa integração dos componentes psíquicos, num funcionamento harmônico, equilibrado, comandado pelo Self. Especialmente se avaliarmos tal proposição em uma única vida. Impossível, sem dúvida;Mas quando usamos a lógica, o bom senso e consideramos que em cada existência, como encarnados e também enquanto desencarnados, exercitamos o contato com novas estruturas psíquicas, transformando-as, melhorando-as, assimilando seus conteúdos de aprendizado e avançando neste processo infinito de evolução, aí sim podemos pensar em iluminação, em profundo e genuíno contato com o que somos: o vir-a-ser.
Podemos ensaiar este contato, abrindo os corações aos nossos mestres, encarnados e desencarnados; à vivência de um ideal, dentro de nossas atuais possibilidades; Em pequenas e contínuas medidas, procurarmos esforçar-nos (e não nos forçar, o que é bastante diferente) por manter nossas mentes e corações alinhados com a Centelha Divina, através da oração, da meditação, da doação sincera, bem como do amor que já podemos nutrir por nós mesmos e pelos outros, sejam próximos ou não. Ampliando nossas expressões de generosidade e afeto, partilhando com o maior número de pessoas o que nos faz mais felizes, exercitando a transparência e o atendimento criterioso ao que nos dita a consciência, aproximamo-nos do nosso Mestre Interior. Conforme nos ensina a Grande Sabedoria, sem pressa (mas com sentido de urgência), sem castrações (mas reconhecendo a necessidade de educarmos nosso lado primitivo), sem expectativas exageradas (mas voltando os olhos da alma ao que está para muito além do que possamos conceber, como fonte inesgotável de inspiração), é possível estreitar o contato com a Luz. Vale a pena nos desarmarmos para a Vida e nos colocarmos sob Sua Influência Divina.

A ILUSÃO NO PLANO MENTAL
A palavra “ilusão” quando se refere ao plano mental tem um significado bem particular; A ilusão mental se apresenta sómente quando o aspirante tem certo grau de contato com o Eu, é sensível ao afluxo de idéias que provêm do plano anímico e tem sólida polaridade no corpo mental.
A ilusão mental pode significar a reação da mente não disciplinada ao mundo das idéias, do Eu, com o qual começa a tomar contato. A mente capta a idéia superior, mas ainda não purificada, a colore e altera, dando-lhe uma interpretação distorcida e “ilusória”.
A alteração da idéia ocorre devido: 1-) ao grau de desenvolvimento da mente; 2-) à indeterminação da forma- pensamento; 3-) ao tipo do Raio do Ego; 4-) à instabilidade do contato da mente com a idéia percebida.
Tais causas podem ser eliminadas, pouco a pouco com o gradual treinamento da mente para se tornar mais sensível e receptiva, com a prática da meditação e com a purificação mental; Mas a técnica mais eficaz, quase “única” para dissolver a ilusão é o desenvolvimento da intuição.
A intuição não pode ser desenvolvida de uma só vez. Sua conquista requer longo treinamento na prática da meditação, certas ampliações da consciência, desenvolvimento interior e maturidade que não se pode ter antes de determinado desenvolvimento evolutivo; Eis porque a verdadeira superação da ilusão não é possível antes que se tenha conseguido a Iniciação.

GUARDIÃO DO LIMIAR, A ILUSÃO DA PERSONALIDADE INTEGRADA
Em certo ponto do caminho evolutivo do discípulo apresenta-se á ele o Guardião do Limiar, o conjunto de forças da natureza inferior, tal como acontece com a personalidade antes da iluminação, da inspiração e da iniciação; A personalidade, nessa fase, é muito forte e o Guardião encarna todas as forças psíquicas e mentais desenvolvidas pelo homem ao longo das idades.
É a potência da tríplice forma material, antes de sua consciente cooperação e consagração à vida do Eu e ao serviço da Hierarquia Espiritual; Esse “conjunto de forças da natureza inferior” constitui uma potente forma- pensamento diante do qual o discípulo, simbólicamente falando, se encontra quando deve passar pelo Portal da Iniciação.
É o Guardião do Limiar porque o discípulo não pode ir adiante se antes não vencer e destruir a potente forma- pensamento; Na realidade, essa experiência significa que, ao estar o discípulo pronto para a Iniciação, a Luz que flui de seu Eu fará com que ele veja todos os lados de sua personalidade, todo o conjunto de suas forças psíquicas inferiores, que ele deve, de uma vez por todas, superar.Ele se vê como realmente é, sem véus ou ilusões e tal visão é uma experiência terrificante; O discípulo se horroriza ao ver quanta baixeza, quanta obscuridade, quanta negatividade estão ainda escondidas e enraizadas na sua personalidade;Mas o Eu lhe dá força e coragem para lutar e vencer a batalha contra sua natureza inferior que se lhe ergue como um inimigo.
Devemos descobrir à qual tipo de ilusão estamos mais sujeitos;Maya predomina sobre as pessoas que estão sob o influxo do 5º e 7º Raios; O ofuscamento emocional predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 2º e 6º Raios; A ilusão mental predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 1º e 3º Raios.
Enquanto vivermos identificados com o eu pessoal, estaremos imersos na ilusão e continuaremos a caminhar cegamente; Se nos desidentificarmos desse eu, abrir-nos-emos à intuição e a nossa mente tornar-se-á um dúplice instrumento: um receptor da Luz do alto e uma força de comando e controle para baixo.
Para alcançarmos tal estágio devermos trabalhar , aprender muitas coisas, ter a devida perspicácia, habituar-nos a comportamentos adequados para conosco e para com os demais e nos prepararmos para práticas de concentração, meditação e auto-afirmação que produzam o despertar da consciência superior.

MÉTODOS, PERCEPÇÕES E TÉCNICAS PARA FAVORECER A UNIÃO COM O EU SUPERIOR
A IMAGINAÇÃO COMO TÉCNICA ESPIRITUAL
Para obtermos resultados sensíveis devemos, antes de tudo, mudar nosso comportamento interior diante dos acontecimentos da vida; Tudo que nos acontece não é por acaso, mas o efeito de leis justas e perfeitas e tudo tem um objetivo preciso e claro: servir de estímulo para o despertar de nossa consciência superior.
A espiritualidade deve tornar-se parte integrante da vida, de todos os dias, o pano de fundo de todos os nossos pensamentos e sentimentos; Devemos também ter presente que o Eu é nossa verdadeira identidade e que devemos nos transformar naquilo que já somos em potencial.
Aspiramos à União com o EU, não porque somos dele separados mas porque somos dele inconscientes; A Centelha Divina, mergulhando na matéria dos vários planos, esquece- se de sua origem e se identifica com os vários invólucros.
Aos poucos o homem vai se lembrando de sua origem até que tem início o período mais significativo do caminho de volta, aquele em que o homem consciente e voluntariamente colabora com a sua evolução, trabalha para o seu despertar, abre-se às energias espirituais.
Mas ainda que convencidos de que somos o EU, sabemos muito pouco ou quase nada sobre ele e o pouco que sabemos parece vago, nebuloso, confuso;Ai é que podemos recorrer, além dos livros e à nossa intuição, também à IMAGINAÇÃO.
Ainda que a imaginação possa criar absurdos no que se refere a objetos físicos, mergulhando no fantástico e no absurdo, ela não pode imaginar sentimentos, ideias e estados de consciência que nunca existiram; Nesse sentido, com a imaginação, o homem usa material de sua consciência, usa substância psicológica, que está em contínua mutação e transformação e que tem em si infinitas potencialidades e possibilidades.
No que se refere as coisas interiores, a estados de consciência, a imaginação é criativa, evocativa e dotada de grande força; A imaginação é um ato de pensamento. E a energia segue o pensamento. O homem se torna aquilo que ele pensa.
Quando imaginamos um sentimento, uma qualidade superior, evocamos do fundo de nós mesmos poderosas forças latentes e, ao mesmo tempo, atraímos do alto energias afins com aquele sentimento, aquela qualidade.
Quando imaginamos uma qualidade criamos uma forma-pensamento que tenderá continuamente a realizar-se no plano físico;  Não existe pensamento sem expressão; o pensamento é um ato nascente, um princípio de atividade.
Nos esforcemos continuamente para imaginar as qualidades do Eu, pensando nelas com clareza e precisão e criando uma forma pensamento nítida e clara; Em cada momento do dia deveríamos ter sempre em mente o pensamento: “Eu sou o Eu Superior e devo provar suas qualidades e não as da personalidade”.
Deveríamos imaginar sempre como nosso Eu Superior se comportaria nas circunstâncias de nosso dia-a-dia;
Sempre agimos como personalidade e, por isso, não sabemos enfrentar a vida, não temos força para superar os obstáculos, sentimo-nos infelizes, frágeis e cansados; Vivemos para tornar a mesquinha vida da personalidade cômoda e feliz como se essa fosse a verdadeira vida.
Para agir como o Eu Superior temos que usar a discriminação para discernir as qualidades da personalidade daquelas do Eu; Se não sabemos reconhecer as qualidades anímicas (do Eu), devemos, ao menos, distinguir as notas e qualidades pessoais.
Devemos saber ver com clareza e objetividade as coisas que pertencem à personalidade sem nos iludirmos com a possibilidade de que venham a pertencer ao Eu, ainda que aparentemente boas e positivas; Eis uma relação de reações pessoais que pode servir como exemplo:
A- Sentir-se ofendido
B- Sentir-se humilhado
C-. Desejar ser amado
D- Desejar ser compreendido]
E- Sentir-se satisfeito
F-. Sentir-se superior aos outros
G- Sentir-se orgulhoso
H- Crer que as próprias ideias são as melhores
I- Sentir-se juiz e crítico dos outros
J- Sentir-se diferente dos outros
K- Amar alguém com apego e desejar retribuição
L-Fazer uma gentileza e sentir-se bom
M-Fazer um ato de bondade e desejar gratidão
N-Ser gentil e dócil por interesse
O- Sentir-se irritado porque os outros não o apreciam
P- Desejar elogio
- Ser indeciso e incerto
R-Sentir-se deprimido
S- Sentir-se triste
T-Sentir-se infeliz
U-Sentir-se eufórico
V- Sentir ser algo excepcional
X- Estar muito contente consigo mesmo a ponto de preferir-se aos outros (“não me trocaria por ninguém”)
W-. Desejar que todos saibam que fez uma coisa boa;
Y- Ter medo do futuro
Z- Ter medo de ser enganado
Rebelar-se contra a dor – Sentir-se injustamente tratado -. Irritar-se e indignar-se com as maldades alheias – Pretender a ajuda dos outros -Desprezar aqueles que são menos inteligentes -Fazer o bem somente àqueles que lhes são simpáticos -Procurar somente a companhia dos afins -Trabalhar apenas visando o interesse
Crer que os outros têm mais sorte – Ser otimista demais – Ser pessimista demais – Desejar a felicidade – Se preocupar com o que pensam de você -Ser vaidoso
Essas são algumas das reações pessoais que devem ser distinguidas das anímicas; Tudo que vem da personalidade tem algo de egoístico, de interessado e de limitado; Tudo que vem do Eu é altruístico, puro, desinteressado, amplo, universal.
Todos os impulsos e tendências superiores que somos capazes, como a sede de verdade, o amor pelo conhecimento, o senso de fraternidade, a atividade altruística, o amor desinteressado, a abnegação provêm do Eu; São reflexos na personalidade das capacidades anímicas.
Qualidades anímicas refletidas através do corpo físico: Atividade , laboriosidade (com altruísmo) -Ordem -Harmonia -Ritmo -Senso de bem estar -Senso de vitalidade – Adaptabilidade física
Qualidades anímicas refletidas através do corpo emocional: Serenidade -Calma -Amor desinteressado e impessoal -Alegria -Simpatia (por todos) – Sensibilidade pelo belo – compaixão
Qualidades anímicas refletidas através do corpo mental: Compreensão -Sabedoria -Sede de conhecimento -Clareza mental Imparcialidade de julgamento -Raciocínio livre de fanatismo -Lógica serena -Criatividade mental -Discriminação – Elasticidade mental Adaptabilidade mental.
CONTINUA NO PRÓXIMO POST DA SÉRIE

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