quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Os Valores Espirituais

Que possamos olhar para este mundo conturbado que estamos vivendo através da lente da bondade. Nosso planeta passa por profundas transformações, principalmente ao nível social e espiritual. Chegou o derradeiro momento de olharmos mais criteriosamente para a relação existente entre nossa vida e a do outro, ou seja, de olharmos para a sociedade que vivemos como um todo. Chegou a hora de abandonarmos os interesses pessoais e agirmos em favor de uma sociedade mais justa, harmônica e saudável. Vivemos um momento de grandes reviravoltas, onde tudo, quer seja positivo ou negativo, vem à tona; e isto, para boa parte da humanidade, que ainda agarrada aos falsos valores materiais, causa grande dor e sofrimento. Chegou a hora da separação: quem alcançou um razoável desapego aos bens efêmeros da vida e passou a olhar e agir para o bem do próximo, passará. E isto é sério, muito sério! Não viemos a este mundo para nos divertir com coisas passageiras, mas para buscar a integração com a vida; e a vida é o outro. Não estamos aqui para bradar o “eu, eu, eu”, e sim para fomentar o “nós, nós, nós”. Estamos aqui para consolar mais do que ser consolado, para compreender melhor o outro do que ser compreendido, e para amar mais, independente de que em quais condições também seremos amados. Estamos aqui para abrir mão deste comportamento egocêntrico que perpetuamos ao longo das eras.

Para isso, precisamos desenvolver alguns aspectos de nosso caráter, conforme nos ensinou Sathya Sai Baba, relembrando os ensinamentos universais de Bem-Amado Mestre Jesus - o Cristo: a retidão , a paz interior, a não-violência, o amor e a verdade.

Em primeiro lugar, e que está na base da formação de um bom caráter, a retidão. Sem ela não há caminho, não há propósito e não acertamos o alvo. Ficamos a rodar em círculos, achando que estamos indo a algum lugar! Temos que ser honestos conosco. Não há mais espaço nem tempo para enrolar e fazer de conta. A justiça divina está dentro de nós e sabemos muito bem quando nos desviamos do caminho. E isto é simples! Basta que apliquemos a lei maior de convivência sócio-espiritual: “NÃO FAÇAIS AO OUTRO O QUE NÃO GOSTARIAS QUE FOSSE FEITO A SI MESMO”. Seja honesto e não se corrompa!

Na sequência de uma atitude reta perante o outro vem a paz interior. A paz emerge na medida que aceitamos a vida como ela é e soltamos o controle, deixamos de manipular os fatos e entregamos tudo ao Poder Superior, ou melhor, nos rendemos ao único poder que existe – o divino. A vida material é composta de ganhos e perdas, de acertos e erros, de altos e baixos, e controlar isso por todo o tempo é angustiante, é aflitivo e inquietante. Solte a inveja! Solte o ciúme! Seja grato por tudo que o Universo te proporcionou – são presentes divinos que nos fazem trabalhar, ora a generosidade, ora o desapego. “BUSCAI PRIMEIRO O AMOR AO PAI E SUA ORDEM CÓSMICA; E TUDO O MAIS VOS SERÁ DADO”.

No terceiro andar da nossa edificação de um caráter saudável encontra-se a não-violência, que significa olhar com neutralidade para todos os acontecimentos. Que nosso entendimento seja passivo e equânime! Pois, quando entregamos tudo à Suprema Inteligência, deixamos de dar peso aos fatos e atitudes. Entendemos que tudo está sob a Ordem Cósmica. Deixamos de dar valor às invasões, agressões e ferimentos que recebemos e, consequentemente paramos de invadir, agredir e ferir o outro. Compreender o outro sem julgo antes de querer ser compreendido – esta é a chave para a boa convivência social. “NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS”. Seguindo este ensinamento do Mestre chegamos ao Criador.

Somente então podemos desenvolver o amor mais profundo; aquele amor inegoísta, sem barganhas, onde o único propósito é servir ao Supremo, por amor a Ele. “AMAI AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO” é o mandamento chave para que este amor brilhe em toda a sua plenitude. Isto significa estarmos em contato com a energia do outro, seus anseios e necessidades, como se fossem os nossos próprios. Portanto, procuremos estar próximo de todos, escutando as suas necessidades, vendo de fato o outro, sentindo seus sentimentos. Nada tem mais luz do que enxergar a sublimidade do Criador em todos os seres e amá-los, aproximá-los de si e reverenciá-los como a si mesmo.

Enfim, a verdade. Como alcançá-la em sua plenitude? Mantendo-se puro, íntegro e autêntico em nossos pensamentos, palavras e ações alcançamos a verdade. A pureza é o carimbo da verdade, pois “BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE VERÃO A PUREZA DE DEUS”. Ver a pureza de Deus é vê-Lo em toda a sua plenitude e beleza; é vê-Lo verdadeiramente. Procuremos expressar nossos sentimentos e pensamentos com firmeza e autenticidade. O que a nossa boca fala e o nosso corpo exterioriza deve estar conectado ao que há de mais íntimo em nosso ser. Façamos de nossa vida o caminho para a verdade.

Que tenhamos todos uma noite de Natal inspirada nos valores do Cristo! Que nosso Amado Mestre Jesus nos abençoe! Que Suas bençãos cubra a todos, em especial, àqueles mais necessitados que encontramos pelas ruas dormindo ao relento, àqueles que vemos nos noticiários fugindo das guerras e torturas e àqueles "vítimas" de catrástrofes naturais.

Cítara - Espiritualsmo e Yoga

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