sábado, 27 de maio de 2017

Não julgar. Porque esta regra é tão importante?

Autor: Regis Mesquita

Jesus, o Cristo (Cristo não é nome, é um adjetivo que quer dizer o ungido), nos informou que não devemos julgar. Ao nível do ego, esta é uma regra moral. Com esta regra procura-se evitar injustiças, seja por falta de informação ou por algum desvio de personalidade.

É importante lembrar que ninguém nunca será capaz de captar a realidade por inteiro. Esta incapacidade torna todos os julgamentos muito sujeitos a erros e causa de grandes sofrimentos.

Jesus, porém, não pensava apenas na moral. Ao contrário, ele se interessava muito em educar o espírito. Portanto, o não julgueis é antes de tudo uma regra prática para estimular a ação do espírito.

Vamos analisar a seguinte situação: uma pessoa te liga insistentemente pedindo um favor. Você fala com ela 10 vezes em um único dia e ela quer que você se prejudique para fazer o que ela deseja. É uma situação extrema na qual é necessário colocar limites.

A questão é: quais limites? Agir baseado em quais ideias e sentimentos?

Se a pessoa priorizar o julgar, ela vai focar sua consciência no que há de ruim no outro. Ela, por exemplo, vai sentir raiva e vai dizer: “este idiota quer que eu me prejudique…”. A raiva se faz forte dentro desta pessoa e domina sua ação.

O “não julgueis” ajuda a focar em si mesmo para então buscar a solução do problema. Ou seja, não decidir e nem agir priorizando as atitudes dos outros ou o erro alheio. O foco somos nós, nossos valores, nossa liberdade, nossa paz e nosso desejo de servir. Ela pode pensar: “esta pessoa é livre para me pedir o que quiser e eu sou livre para decidir minha vida segundo meus interesses… Eu me respeito e não vou fazer algo ruim para mim mesmo.” Ela decide sem precisar dos sentimentos negativos.

A pessoa se respeita e decide não fazer o que o outro pede. Ela está focada no respeito, no amor e em criar uma vida equilibrada. Ela não quer perder este foco de amor e respeito. Não importa a situação, a pessoa deve escolher manter o foco no que é mais nobre.

Mesmo focando no amor, é possível que a raiva também apareça. Caberá a você desestimular a raiva e os pensamentos que a acompanham. Caberá a você tornar cada vez mais forte os sentimentos e pensamentos nobres.

Aqui é importante entender o conceito de liberdade e de sintonia.

Liberdade: as pessoas são livres para decidir a vida delas. Você também é livre para decidir a sua vida. Uma pessoa tem o direito de decidir te ligar e pedir algo para você. É a vida dela, a decisão é dela. Não perca tempo julgando a outra pessoa. Avalie a situação e tenha total liberdade de decidir o que quiser. Se você se sentir pressionado, lembre-se da sua liberdade. Você tem o dever de fazer suas próprias escolhas e o direito de desagradar quem quer que seja. Ninguém (a não ser seus filhos) é dependente de você. Todos tem condição de seguir com as próprias vidas sem você.

Aliás, uma das faces da maldade é tentar colocar a responsabilidade da própria vida nas costas dos outros. Para não cair nesta cilada você deve preservar sua liberdade e o desejo de cuidar de você mesmo com muito carinho e cuidado.

Observe: você deve colaborar e cooperar com as pessoas. Mas, você tem o dever de escolher quando, onde, quem e de que forma colaborar.

A liberdade te informa que você não deve perder tempo julgando o comportamento do outro. O foco é ter carinho por ti e gerenciar sua vida. Você deve escolher, você nasceu para ter o livre arbítrio.

Muitos errarão com você. Você errará com muitos. Sempre que há imaturidade e falta de sabedoria surgem situações desequilibradas. Tenha paciência e não permita que os sentimentos negativos te dominem. Se eles te dominarem, você terá perdido grande parte da sua liberdade e ficará com pensamentos repetitivos na mente.

Sintonia: se não é o outro quem vai te guiar, quem irá? Não pode ser simplesmente você mesmo. Porque você também erra, é imaturo, falta sabedoria. Você é limitado, tanto quanto o outro. Seu guia será manter-se sintonizadocom o que há de mais nobre em você.

Suponhamos que alguém te assalte. Você guarda a raiva desta pessoa. A pessoa irá embora e a raiva ficará dentro de você. Ela ocupará espaço na sua mente e mudará seu nível vibracional. A situação real acabou, mas dentro da sua mente continuam os sentimentos e pensamentos negativos. Para que? Só serve para te afastar da sintonia com a compaixão, amor, etc.

Se puder, busque por justiça. Mas, sua ação deve vir descontaminada da raiva, do ódio, etc. Sua ação exterior não depende dos seus sentimentos interiores. Depende da sua liberdade. A mesma ação pode ser tomada com ódio ou com respeito e compaixão. Sua tarefa é agir com respeito e compaixão. Sua função é não permitir que o negativo tome conta da sua mente.

Aprenda: o negativo te domina, o neutro/positivo te dá liberdade para agir e maior capacidade de raciocínio.

Sua tarefa é manter-se sintonizado com sentimentos e pensamentos nobres. Para manter-se sintonizado, com eles vibrando em seu interior, é necessário abrir mão de negatividades, raivas, etc.

Ao julgar, a prioridade é reagir ao outro. Com o foco no outro, tem-se pouca consciência e pouca oportunidade de evolução. O foco deve estar em você; mais precisamente: dentro de você – na sintonia com o que é nobre.

O motivo para Jesus orientar perdoar setenta vezes sete é sempre limpar sua mente de mágoas, rancores e outros sentimentos que são inúteis quando duram MAIS do que alguns poucos minutos.

https://www.facebook.com/ocaminhonobre/

Autor: Regis Mesquita

FONTE: https://caminhonobre.com.br/2010/04/23/nao-julgue-uma-regra-para-educar-o-espirito/

Atenção: Para aprofundar o tema do nã  o julgar.

Sugiro a leitura do livro “A Espiritualidade no Dia a Dia”, especialmente estes capítulos:

- Vivendo sintonizado com as vibrações mais nobres.

- Segundo passo: evite julgamentos, – a quietude da mente

- Se você se mantiver sintonizado com o mais nobre, será isso que se fortalecerá em seu interior.

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